Por Maurício Nogueira
Ataque violento em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, São Paulo, resultou na morte de duas pessoas e deixou cinco feridas na noite de sexta-feira (10). De acordo com informações do MST, homens armados invadiram o Assentamento Olga Benário, disparando contra os moradores enquanto muitos deles dormiam.
As vítimas fatais foram identificadas como Valdir do Nascimento, de 52 anos, Denis Carvalho, de 29, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28.
As cinco pessoas que ficaram feridas, com idades variando entre 18 e 49 anos, foram rapidamente levadas a hospitais da região para receber atendimento médico. A gravidade da situação gerou uma resposta imediata das autoridades locais.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que a Polícia Civil está à frente das investigações, que foram registradas como homicídio e tentativa de homicídio.
Um homem foi detido em flagrante sob a acusação de porte ilegal de arma, mas ainda não há informações sobre a identidade dos atacantes.
João Paulo Rodrigues, representante do MST, solicitou a intervenção da Polícia Federal para que as investigações sejam conduzidas de forma mais abrangente.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também se manifestou, descrevendo o ataque como “um crime gravíssimo” e pedindo ações efetivas para esclarecer os fatos. A repercussão do ataque gerou reações de parlamentares de diversas legendas, que exigem uma apuração rigorosa e a responsabilização dos envolvidos.
A deputada estadual paulista Leci Brandão (PCdoB-SP) expressou revolta e tristeza pelo “ataque criminoso e assassino”. “Famílias inteiras, crianças, idosos, pais e mães de família foram feridos e expostos ao risco de morte”, comentou Leci, defendendo punição severa para os responsáveis. “Não adianta somente expressar solidariedade, é preciso que se faça justiça e que, sobretudo, a justiça social seja o foco de atuação do Estado”.
O PT emitiu uma nota condenando o atentado e afirma que "a brutalidade da Chacina de Tremembé exige reação forte e imediata das autoridades de segurança do estado de São Paulo e também da Polícia Federal".
"O ataque covarde e brutal deixou fortes indícios de ter sido planejado e executado por bandidos de uma facção criminosa, a serviço de especuladores do ramo imobiliário local, que tem interesse em se apropriar das terras do assentamento, legalizadas pela reforma agrária", disse o partido. Com informações da Agência Brasil.
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