Por Maurício Nogueira
De total de 13 pacientes atendidos na emergência do Hospital da Restauração no Recife, vítimas da briga entre as torcidas do Sport e do Santa Cruz, um permanece internado na instituição nesta segunda-feira (3). O hospital não detalhou a situação, mas informa que a vítima de agressão física apresenta "quadro de saúde estável".
O confronto entre as torcidas organizadas dos dois times ocorreu na tarde do sábado (1º), antes mesmo de a partida ter sido iniciada no estádio do Arruda.
Inúmeros vídeos publicados nas redes sociais mostraram cenas de extrema violência. Três pessoas chegaram a ser internadas. Duas delas já foram liberadas. Houve, inclusive, um estupro entre outras atrocidades em meio a uma guerra de torcidas sem precedentes.
De acordo com as autoridades locais, 650 pessoas chegaram a ser conduzidas ao Batalhão de Polícia de Choque, suspeitas de participação na briga. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que 14 foram detidas.
Diante da situação, o governo de Pernambuco publicou uma portaria proibindo a presença de torcida nas próximas cinco partidas das duas equipes pernambucanas, tanto no campeonato pernambucano como pela Copa do Nordeste.
A iniciativa de proibir a presença de público não foi bem recebida pelo Sport. Em nota publicada no domingo (2), o clube disse "lamentar profundamente os atos de violência ocorridos no Recife no último sábado", no entanto, "discorda veementemente da ‘solução apresentada pelo governo do estado, que proíbe a presença da torcida do Sport nos próximos cinco jogos na Ilha do Retiro”.
Segundo a direção do Leão, “a medida tomada penaliza apenas os verdadeiros torcedores, enquanto os responsáveis pelos atos criminosos seguem impunes, além de prejudicar uma cadeia do futebol”.
O Ministério do Esporte repudiou os atos de violência e afirmou que o confronto entre torcedores não condiz com os valores que a atividade esportiva deve promover, como respeito e convivência pacífica. A pasta reforçou a necessidade de uma investigação rigorosa e a responsabilização dos envolvidos. A impunidade continua a estimular atos de selvageria que é crescente em diversas capitais do Brasil.
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