Por Maurício Nogueira
A polícia solicitou à justiça a prisão de dois novos suspeitos de envolvimento na morte da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. As identidades dessas pessoas ainda não foram reveladas. O número de depoimentos coletados já passa de 20, com novas evidências de câmeras de segurança. Segundo informações da polícia as prisões podem acontecer a qualquer momento.
Há dois inquéritos abertos, um da Vitória e o outro é da Dona Edna, senhora que foi encontrada no sábado de Carnaval próximo a uma cachoeira na mesma região de mata onde fora encontrada a vítima principal.
Equipes em viaturas do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de São Paulo foram convocadas para comparecerem à Delegacia de Polícia de Cajamar e ficarem de prontidão na Delegacia. Os policiais darão apoio às diligências que podem entrar em ação em breve.
Ameaça em redes sociais
Daniel Vinícius Souza Dias é amigo de infância de Maicol Salles dos Santos, único suspeito preso pelo assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, em Cajamar, na Grande São Paulo. Seu nome foi atrelado ao crime pela investigação após defender Maicol nas redes sociais. Ele prestou esclarecimentos à Polícia, mas foi descartado da lista de possíveis autores do homicídio.
A amizade entre os dois começou há quase 20 anos. Por causa de um prédio do suspeito preso, Daniel Vinícius postou uma foto do carro de Maicol dizendo que o veículo do amigo não teria sido usado no crime.
Ao ser comprovado que o Corolla estava próximo do local onde o corpo de Vitória foi encontrado e com sangue no porta-malas, Daniel passou a ser ameaçado nas redes sociais.
"Eu não durmo, eu não consigo comer direito mais, porque mesmo sendo inocente dá esse medo, porque a gente fica à mercê de coisas ruins. Eu estou sendo ameaçado no Instagram, Facebook, minha mulher foi ameaçada", disse o amigo do suspeito em entrevista ao SBT News. Ele também perdeu o emprego depois de ser envolvido na investigação.
Daniel Vinícius conta que esteve com Maicol no dia do crime e que o amigo apresentava normalidade, que nunca falou sobre Vitória depois que o caso ganhou maiores proporções e nem pediu ajuda para ninguém. "Ele sabia muito bem que se ele pedisse para algum amigo que nem nós, a gente ia recusar uma coisa dessas, porque isso é uma barbaridade", conta o rapaz.
Agora, após ser descartado pela Polícia de ser um dos suspeitos do assassinato, ele busca retomar sua rotina e lamenta na entrevista: "É muito ruim, muito ruim, porque infelizmente tiraram a vida de uma menina, uma menina bonita, uma menina que tinha tudo pela frente, que tinha uma família, e me acusar assim é difícil".
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