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Polícia CORRUPÇÃO NA NOVACAP

Ministério Público faz operação contra esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e cartel na Novacap

Servidores aceleravam pagamentos para empresas ligadas a execução de obras públicas em troca de propina de 2% sobre valor pago. Quantia total paga para empresas é de R$ 110 milhões.

12/06/2025 10h14
Por: Redação
Reprodução / Google
Reprodução / Google

Por Maurício Nogueira 

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) faz, na manhã desta quinta-feira (12), uma operação para combater um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de cartel dentro da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).

Segundo a investigação, entre 2021 e 2022, servidores da Novacap aceleravam pagamentos para empresas ligadas a execução de obras públicas em troca de propina de 2% sobre valor pago. Quantia total paga para empresas é de R$ 110 milhões, informa o g1 Distrito Federal.

Ao todo, estão sendo cumpridos 30 mandados judiciais no Distrito Federal e no Piauí. Os alvos são servidores e pessoas físicas, empresas de construção, a Novacap e um supermercado (entenda o esquema abaixo).

Em novembro de 2022, o MPDFT fez uma operação e, em 2024, houve o recebimento da denúncia de crimes de corrupção e organização criminosa cometidos pelo principal alvo da operação desta quinta-feira, um servidor da Novacap. No entanto, ele permaneceu no cargo na companhia até 2025 e não houve nenhuma medida para evitar a sua permanência no esquema.

Além dos mandados, a Justiça determinou:

- Afastamento das funções públicas do alvo principal, um servidor da Novacap
- Bloqueio de imóveis e veículos em nome dos alvos
- Bloqueio de aproximadamente R$ 1 milhão nas contas de três investigados
- Bloqueio de uma aeronave
- Bloqueio de uma embarcação

Como funcionava o esquema?

Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o esquema utilizava contas bancárias de servidores e familiares para lavar dinheiro ilícito.

Dentro da Novacap, cada servidor desempenhava uma função para o esquema, desde agilizar o pagamento feito para as empresas até o repasse da propina.

Nas empresas de construção investigadas, havia o responsável pelo envio do dinheiro aos familiares de servidores. O supermercado investigado recebeu quantias ilícitas também.

Além disso, a investigação aponta que mesmo concorrendo em licitações públicas, as empresas que deveriam ser concorrentes, na verdade, se mantinham alinhadas, sinalizando um esquema de cartel.

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