Golpe do “bilhete premiado”: quadrilha é presa, suspeita de causar prejuízo de R$ 3 milhões às vítimas

Por Maurício Nogueira

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde desta terça-feira (8), quatro pessoas suspeitas de aplicarem o golpe do "bilhete premiado". Segundo as investigações, o grupo oferecia um jogo de loteria supostamente premiado para vítima em troca de um pagamento. Os integrantes suspeitos pagaram cada um R$ 5 mil se fiança e obtiveram liberdade provisória. Texto atualizado às 12h58.

A PCDF informou que o grupo fez cinco vítimas no DF, causando um prejuízo de R$ 3 milhões. Vários carros de luxo foram apreendidos com os suspeitos (veja vídeo acima), assim como joias, relógios, várias placas de carros e uma grande quantidade de dinheiro falso.

Como o golpe funciona

De acordo com as investigações, uma mulher abordava as vítimas e dizia fazer parte das testemunhas de Jeová. Em um primeiro momento, ela perguntava por um endereço no Riacho Fundo, onde um homem pagaria por um jogo de loteria no valor de R$ 21 mil.

Um homem, também investigado pela Polícia Civil, se apresentava aos dois como funcionário da Caixa Econômica e pedia para ver o bilhete. Após supostamente realizar consultas no celular, ele dizia que, na verdade, o bilhete estava premiado em R$ 21 milhões.

Em seguida, o homem convencia a vítima a ir com ele e a mulher até uma agência da Caixa, onde os suspeitos arranjavam um papel timbrado que falsamente confirmava que o prêmio estava vinculado ao bilhete.

A partir desse momento, a mulher dizia que, por conta da sua religião, não podia receber dinheiro de jogo. O homem, então, convencia a vítima a pagar pelo bilhete. Segundo as investigações, apenas alguns dias depois, as vítimas percebiam que tinham caído em um golpe.

Detidos

As quatro pessoas presas nesta terça-feira foram abordadas pela polícia no momento em que tentavam aplicar o golpe em um idoso, em uma rua na Asa Norte. A vítima já havia transferido R$ 150 mil para os suspeitos.

Os alvos da operação devem responder por estelionato, associação criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo. O caso é investigado pela 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante.