Por Maurício Nogueira
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, apresentou uma proposta que visa acabar com os descontos automáticos em aposentadorias destinados a sindicatos, argumentando que essa prática contribui para a ocorrência de fraudes no INSS.
Ele defende que as entidades sindicais busquem alternativas de cobrança, como a emissão de boletos, para evitar problemas relacionados a essa questão.
Para que essa mudança seja efetivada, será necessário realizar uma alteração na legislação vigente, uma vez que a dedução dos valores é permitida por lei, desde que haja o consentimento dos aposentados.
Lupi enfatizou que, enquanto as autorizações para esses descontos continuarem, não haverá uma solução eficaz para as fraudes.
“Acho que o governo não deveria se manter nessa relação. Não vejo uma solução para o INSS ser intermediário nessa relação”, afirmou. Ele ressaltou a importância de encontrar métodos que garantam a transparência nas transações financeiras envolvendo aposentados e sindicatos.
Fraudes são antigas
"A Previdência Social tem problemas de fraude há muitos anos. Não é de hoje, há muitos anos. Coibir essa fraude é uma tarefa muito difícil, porque como já falei, não é uma estrutura micro, como você pode assinar um papel e resolver”, disse a deputados na Comissão de Previdência da Câmara.
Lupi também negou omissões dele à frente do ministério para tratar as denúncias do INSS e voltou a admitir demora para apuração do caso. O ministro ainda afirmou, entre as colocações, que o tipo de situação “acontece em todas as instituições”.
“Demorou, demorou, sim, não tenho vergonha de dizer, gostaria de que fosse mais rápido”, afirmou. “Não conseguimos detectar e, aliás, se for falar a verdade, falar como fala o jovem ‘na vera’, isso acontece em todas as instituições”, completou, pouco depois.
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