Por Maurício Nogueira
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou, nesta sexta-feira (16), que a Casa vai analisar, na próxima semana, um “pacote” de projetos contra a fraude nos descontos dos pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Motta convocou sessão deliberativa para a terça-feira (20).
“Comuniquei aos líderes da Câmara dos Deputados que, na próxima semana, pautarei a urgência de projetos de lei destinados a impedir fraudes no INSS. Seguindo e sempre respeitando o regimento da Casa, vamos analisar, reunir e votar tudo o que pode compor um Pacote Antifraude. Esse tema, que é urgência para milhões de brasileiros, é urgência para a Câmara dos Deputados”, escreveu Motta nas redes sociais.
Na próxima semana, a Casa retorna de uma semana sem funcionamento. A pauta do plenário da Câmara, contudo, vai ficar trancada a partir da segunda-feira (19), com o projeto que reorganiza os cargos e salários de algumas carreiras do governo federal. O texto é relatado pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que deve divulgar o parecer em breve. Os projetos antifraude dependem da liberação da pauta.
Entre os projetos que constam na pauta, está um pedido de urgência e o mérito da proposta que proíbe descontos de entidades associativas na folha de aposentados e pensionistas, sendo de autoria do deputado Sidney Leite (PSD-AM).
Segundo a Polícia Federal, os descontos indevidos começaram em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e duraram até 2024, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As autoridades agora querem saber se esse esquema se repetia também na esferaPlay Video
MP faz operação contra novo esquema de fraudes de aposentados do INSS na Paraíba
por Brasília
O escândalo já resultou na demissão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi. Segundo a PF, a fraude teria movimentado pelo menos R$ 6 bilhões. O governo federal já iniciou um processo de ressarcimento de parte das vítimas. Até o momento, mais de 1 milhão de beneficiários informaram que foram vítimas dos descontos indevidos e pediram o dinheiro de volta.
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