Uma virose me pegou e derrubou

Quando um belo dia você acorda com náuseas, nada parava no estômago, diarreia e uma fadiga, a também conhecida moleza no corpo, em plena secura, a preocupação da gente passa por várias hipóteses. As doenças como Dengue, Anemia, distúrbios do sono; Estresse; Depressão; Hipotireoidismo, falta de vitaminas; anomalias cardiovasculares e pulmonares e por fim uma infecção gastrointestinal. No meu caso foi virose, a qual nunca havia sido apresentado.

Após ter sentido os sintomas citados acima, sem febre, eu fui a um Posto de Saúde, onde, para minha sorte, abnegados médicos e enfermeiros, bem como auxiliares de enfermagem estavam na labuta e cuidaram de mim, em momento de greve.

O diagnóstico fora virose, confirmada pela atenciosa profissional da Saúde. E fui logo encaminhado para tomar soro na veia. Além disso, foi me ministrado um remédio para conter a ânsia de vômito e um antitérmico. No momento que fui atendido não havia febre, pelo contrário minha temperatura estava dentro do normal. Abaixo de 37 graus. Algumas linhas abaixo, você verá que esse sintoma foi alterado, com o passar do tempo. A recomendação imperiosa foi bastante hidratação

Medicado e orientado, fui para casa ainda sentindo a fadiga. Torcendo para dar tempo de chegar na residência, no tocante à possibilidade de ter que correr para vaso sanitário antes que o pior acontecesse. Episódio que por duas vezes tive que contar com a sorte, no lar, evitando crise nervosa só de pensar.

E assim passei a tarde sem muitas intercorrências indesejadas. Até que, mais tarde, por volta de 19h00, de repente, do nada, comecei a sentir calafrios, como a há muito tempo não sentia. Aí, o termômetro assinalou 37.9 graus. No mesmo momento, compreendi por que a médica que me atendeu escreveu na receita o nome de um antitérmico. A febre baixou pouco tempo depois e pude ter uma noite mais tranquila.

Na manhã seguinte, levantei-me e, por incrível que pareça, a fadiga continuava. A diarreia em número de vezes menor de idas ao banheiro, ainda, assim me impedia de sair da residência. Ao fim de quatro dias a fadiga arrefeceu e a idas ao banheiro também.

Depois desse episódio, comentei com pessoas do meu círculo de amizade. Uma delas, um adulto, narrou que chegou a ficar cinco dias de molho. Com os idênticos sintomas persistindo. Ouvi ainda relato de uma mãe de uma filha que passaram, simultaneamente, pelo sufoco. A menina teve uma recuperação mais rápida, ainda bem, mas a mãe a virose atrapalhou por alguns dias a mais.  

A hidratação em todos os casos é recomendada em primeiro lugar. Nos casos de virose, que acontece em época de seca, com maior intensidade é fundamental que se tome líquidos e a água com grande intensidade.

Uma informação prestada por uma enfermeira, que me chamou a atenção, foi o aumento de incidência de Rotavírus, que tem levado muitos pacientes adultos e crianças à Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) e Postos de Saúde.

O Rotavírus é um dos principais causadores de doenças diarreicas agudas no mundo. 

“Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus. No entanto, a gastroenterite, ou seja, a manifestação clínica, é mais prevalente em crianças menores de cinco anos. Recém-nascidos normalmente têm infecções mais leves ou assintomáticas, provavelmente devido à amamentação e aos anticorpos maternos transferidos pela mãe.”

Como pode ser o contágio

A virose é um termo genérico que se refere a qualquer tipo de doença causada por vários tipos de vírus, sendo que os mais comuns são o Adenovírus e o Rotavírus. Geralmente, a infecção dura entre 2 e 4 dias em adultos saudáveis, mas pode chegar a 10 dias de sintomas, principalmente em crianças e bebês.

A transmissão do Rotavírus, uma das espécies de virose, se dá pelo contato via fecal-oral entre pessoa para pessoa ou pelo contato com alimentos ou objetos infectados. Ademais, os sintomas mais frequentes dessa doença são a diarreia intensa e febre alta.

Além disso, em sua forma mais grave, os infectados pelo Rotavírus podem apresentar uma forte desidratação, vindo até a óbito. 

Em pesquisa realizada em 2022 pela OMS em parceira com a Fiocruz,  foram evidenciadas cerca de 200 mil mortes de crianças são registradas todos os anos ao redor do mundo.

 Prevenção para crianças?

A prevenção do Rotavírus é viabilizada por meio da vacinação de crianças a partir do segundo mês de vida e está no pacote das vacinas dos seis meses (1 dose aos 2, 4 e 6 meses).

A vacina é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos” (atenuados). Além da vacina, você pode adotar outras medidas de prevenção! Procure sempre lavar bem as mãos e higienize os alimentos de maneira correta antes de comer.

Confira algumas indicações

Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dias. A primeira dose deve ser, obrigatoriamente, aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias. Não respeitar esta agenda pode gerar consequências graves às crianças.

O meu encontro com a virose não foi nada agradável, muito pelo contrário. Experimente conversar com amigos (as) e colegas, indefectivelmente, você vai ouvir histórias relatando perrengues do gênero, contados acima. Beba água, muito mais do que você estima necessário. Temos uma mês inteiro de predominância seca pela frente, de prefência sem a indesejável virose.