Por Maurício Nogueira
O ex-deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA) continua a dar trabalho para desocupar imóvel funcional da Câmara dos Deputados em região nobre de Brasília, mesmo sem tititularidade de mandato. Segundo apurou o Correio, Rocha deveria ter deixado o imóvel em outubro do ano passado. Rocha não se reelegeu em 2022 e conseguiu apenas a suplência para o cargo de deputado federal pelo Maranhão. Em maio de 2024, assumiu o mandato temporariamente no lugar da deputada Roseana Sarney (MDB-MA), que se licenciou por 120 dias para um tratamento de saúde. De volta à Câmara, Rocha passou a ocupar um imóvel funcional em 22 de julho de 2024. Roseana Sarney voltou ao cargo em 4 de setembro e Rocha deixou novamente o cargo.
Ele tinha até 3 de outubro para sair do imóvel e entregar as chaves para a Câmara. Como isso não ocorreu, ele é o único na lista de “Ocupantes fora do prazo para desocupação”, uma lista que a Câmara publica na seção de transparência de seu site.
Depois de deixar a Casa Baixa, Rocha chegou a integrar o Ministério das Cidades, comandado pelo seu correligionário Jader Filho. Ele era secretário-executivo da pasta e foi demitido em janeiro de 2024. Voltou como assessor especial do ministro em fevereiro, mas pediu para sair em maio para retornar à Câmara.
Histórico de ilegalidade
Esta não é a primeira vez que Rocha protagoniza problemas com apartamentos funcionais da Câmara. Em 2019, quando a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) foi sorteada para ocupar o imóvel que o deputado utilizou na legislatura anterior, disse ter encontrado o filho de Rocha no local.
“Não pude entrar, porque um deputado deixou o seu filho morando nesse apartamento e foi morar em outro. Ou seja, ele estava irregularmente, ilegalmente ocupando dois imóveis. Eu liguei para a Câmara, expliquei a situação, tentei resolver e o próprio deputado falou que eu podia fazer o barulho que fosse que o filho dele não ia sair”, disse Tabata em um vídeo gravado na época e divulgado em suas redes sociais.
Em 2023, no início da 57ª legislatura, o deputado também seguiu ocupando o apartamento que utilizava durante o seu mandato sem permissão. Rocha deveria ter deixado o imóvel em 22 de fevereiro daquele ano, já que não havia sido reeleito. Em 25 de junho, ainda figurava na lista de ocupantes fora do prazo para a desocupação.
A Quarta-Secretaria da Câmara, responsável por supervisionar o sistema habitacional da Casa e por distribuir as unidades residenciais, foi procurada para saber quais medidas estão sendo adotadas no caso. No entanto, ainda não houve resposta.
A reportagem do Correio Braziliense também fez contato com o deputado Rocha para perguntar o motivo de não ter saído do imóvel que ocupa atualmente. Não houve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações. Com informações do Correioweb.
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